Morreu hoje, pela manhã, aos 74 anos de idade, José Lindolfo Fagundes, de falência múltipla dos orgãos. O velório acontece a partir das 14 horas no Cemitério Parque da Serra, o sepultamento será pela manhã desta quarta-feira.
Quem foi Lindolfo
Nascido na cidade de Andrelândia, MG, no dia 09 de novembro de 1936, veio para Divinópolis, na qualidade de bancário, no ano de 1954. Aqui, casou-se com Maria Aparecida Soares Fagundes, que lhe deu os filhos Sandra, Ronaldo, Denis e Válber, este já falecido.
Enquanto estudava contabilidade na tradicional Escola Técnica de Comércio São Geraldo e praticava o jornalismo de forma amadorística, um dos primeiros colunistas do “Diário do Oeste”, criou e dirigiu o rádio-teatro, da Rádio Cultura. Semanalmente, escrevia uma peça, reunia os atores, ensaiava e mandava ao éter, pela onda da Cultura. Eram esquetes de média duração, geralmente abordando temas do momento. Fez também teatro no palco, numa boa fase do Grupo de Teatro Gente Nossa e, com outros, criou uma revista que teve boa aceitação, enquanto durou.
Paralelamente a tantas atividades, veio a exercer o magistério como professor secundário, lecionando Matemática. Partindo do colunismo periódico e da revista de variedades, sua atividade literária foi bastante produtiva na dramaturgia, rádio-teatro e palco. Pena que, na desocupação de um antigo depósito para a construção do Theatron, a obra de seu idealismo, uma canastra de sua produção para teatro foi, inadvertidamente, destruída. Mas de novo, voltou a escrever visando a inauguração de seu teatro, daí passando à publicação do primeiro livro, que lhe abriu as portas da ADL, entidade que já teve oportunidade de presidir, promovendo sua inserção definitiva no conceito da sociedade.
O escritor
Sua obra, além de antologias “As Quatro Estações” (1997, conto), “Anthocrônica” e “ADL 2000” (2000, conto) e anuários da ADL, inclui: “A Barragem”(1996), “Chapéu Roxo”(1994), “Tabaréu”(1996), “NegÓCIO na Europa”(1998), “A Folhinha do Chefe”(2000), “Dicionário de Rir”(2001), as peças “A Capela”, encenada em 1989; “O Seqüestro”, 1991; “Heranças”, 1995; e tem em preparo vários outros trabalhos de fôlego, mas sua ânsia de produzir tem-no feito pular de um projeto para outro, antes de terminar o primeiro.
- Colaboração em periódicos: Diário do Oeste, A Semana, Jornal Agora, Folha da Diocese
- Presidiu a Academia Divinopolitana de Letras, de junho de 1997 a junho de 1999.
- Instalou, com Mercemiro Oliveira Silva, em 2001, a Academia Internacional de Lexicografia.
Na política
Formou-se em Direito, pela FADOM , em 16/12/78. José Lindolfo Fagundes foi Vice-prefeito de Aristides Salgado dos Santos no período de 01/01/1993 a 31/12/1996.
Homenagens
Foi homenageado pela Câmara em 1990, com o Título Amigos de Divinópolis e em 1997 com o Título Cidadão Honorário, ambos por indicação do então Vereador Geraldo Majela Maia do Amaral. Em 2001 recebeu Moção Congratulatória pelo lançamento de seu livro “A Folhinha do Chefe”.
O empresário
Como empresário de sucesso, atuou no ramo da distribuição de bebidas, dedicou-se ao fabrico de papel e de doce de leite. A indústria de papel Zapel funciona mais na base da reciclagem, fato que a coloca na linha do preservacionismo ambiental.
José Lindolfo Fagundes por ele mesmo
